A PESADA DOR DE NÃO PERDOAR

A PESADA DOR DE NÃO PERDOAR

Todos nós temos na vida situações que necessitam de ser abençoadas pela energia do perdão: ofensas diversas, traumas, humilhações, mentiras, etc.

Todos nós cometemos também atos menos corretos e que necessitam de ser abençoados com o perdão do outro.

No entanto, quase sempre perdoar não se divinha tarefa fácil, e o coração que já vive amargurado torna-se ainda mais pesado e estéril, por não deixar entrar nele essa vibração sublime que é o perdão genuíno.

Muitas vezes dizemos que perdoamos, mas estamos fingindo, enganando a nós mesmos. Na verdade, perdoar não pode ser apenas um ato mental, uma ideia fixa da nossa mente, e é esse perdão que muitas vezes oferecemos ao outro, ou a nós mesmo, descarregando assim um pouco o nosso peso íntimo.

Mas... o drama é que o perdão é uma escolha do coração, e acima dele uma escolha da própria alma: só esse perdão é autêntico, e portanto só ele pode fazer o trabalho de cura e purificação que é sua missão sagrada. Sempre que o perdão é apenas mental, e por isso falso, não irá curar nada nem ninguém de coisa alguma, e irá até atrair mais peso e dor aos bloqueios já instalados.

Aqueles cuja vida lhes pede o dom de perdão e resistem e não o fazem, entram num limbo de sofrimento profundo, as suas vidas não fluem, e muitas vezes doenças graves se manifestam. Hoje, sabemos que os portadores de certas doenças graves são muitas vezes pessoas deprimidas e rígidas,  que vivem na rejeição do perdão, tendo cristalizado os seus sentimentos mais elevados,  bloqueando assim os fluxos energéticos no seu corpo físico e áurico. Mas não estão sozinhos nessa dor, pois estão também irradiando essa energia para o ser que se recusam perdoar, bloqueando também a vida do outro e adoecendo-o. Claro que muitas vezes estes processos são vividos só ao nivel do inconsciente, mas o mal que geram esse é bem real.

Todos nós temos que trabalhar a energia sublime do perdão. No dia em que tivermos perdoado tudo e todos que algures nos magoaram, estaremos por fim livres e libertaremos outros também. Antes disso, estaremos prisioneiros de nós e de outros, e as almas de uns e outros estarão em grande sofrimento.

O perdão é um dom divino e libertador, que está ao nosso alcance, desde que o Amor em nós fale mais alto que qualquer ego ferido, porque no fundo é disso que se trata: Amar ou não amar! E a verdade é que aqui não existe lugar para meios termos: por isso o limbo em que tantos de nós vivemos, porque ainda não estamos em amor, e por isso longe do perdão.


Teresa de Isiliz 

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